sábado, 30 de maio de 2009

Adaptação do único conto para crianças que escreveu José Saramago

Camaradas,
esse curta é de uma delicadeza gigantesca! Juan Pablo Etcheverry conseguiu expressar isso em imagem.Tem nove minutos e umas coisinhas de duração e foi feito em 2006. Espero que gostem!
abaixo os comentários e o link.



Adaptación do único conto para nenos que escribiu José Saramago.

Un escritor que non se sinte capaz de escribir unha historia para nenos, comeza a relatar como sería esta historia que quere contar. As palabras do escritor deixan paso á historia que o autor non é quen de escribir.

O protagonista é un neno duns sete anos que unha tarde de verán decide explorar o fascinante mundo existente a cinco minutos da súa casa.

Durante esta aventura chegará a un souto reseco e inhóspito onde atopa unha flor murcha. O neno non dubida en axudar á flor para que recupere toda a súa beleza e vai na procura de auga. O traballo para este neno é inmenso e esgotador, pero el pon todo o seu empeño, e a flor non so renace, senón que medra dunha forma fantástica converténdose na flor máis grande do mundo e, probablemente, na máis fermosa.

Cando o escritor remata o seu relato decátase de que a historia xa nola acaba de contar…

“Ao remate foi doado contar a historia. Agora que xa coñeces o argumento, como nola contarías ti?”

Assita aqui!! http://flocos.tv/curta/a-flor-mais-grande-do-mundo/

Desencanto


Desencanto

Todos os dias desaparecem espécies animais e vegetais, idiomas, ofícios. Os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Cada dia há uma minoria que sabe mais e uma minoria que sabe menos. A ignorância expande-se de forma aterradora. Temos um gravíssimo problema na redistribuição da riqueza. A exploração chegou a requintes diabólicos. As multinacionais dominam o mundo. Não sei se são as sombras ou as imagens que nos ocultam a realidade. Podemos discutir sobre o tema infinitamente, o certo é que perdemos capacidade crítica para analisar o que se passa no mundo. Daí que pareça que estamos encerrados na caverna de Platão. Abandonamos a nossa responsabilidade de pensar, de actuar. Convertemo-nos em seres inertes sem a capacidade de indignação, de inconformismo e de protesto que nos caracterizou durante muitos anos. Estamos a chegar ao fim de uma civilização e não gosto da que se anuncia. O neo-liberalismo, em minha opinião, é um novo totalitarismo disfarçado de democracia, da qual não mantém mais que as aparências. O centro comercial é o símbolo desse novo mundo. Mas há outro pequeno mundo que desaparece, o das pequenas indústrias e do artesanato. Está claro que tudo tem de morrer, mas há gente que, enquanto vive, tem a construir a sua própria felicidade, e esses são eliminados. Perdem a batalha pela sobrevivência, não suportaram viver segundo as regras do sistema. Vão-se como vencidos, mas com a dignidade intacta, simplesmente dizendo que se retiram porque não querem este mundo.

José Saramago

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Dossiê Veja



clique na imagem e caia pra dentro.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Tortura em transe

Há pouco tempo, Eric Hobsbawm, em entrevista publicada no jornal argentino Página 12, disse que o presidente Lula "é o verdadeiro introdutor da democracia no Brasil", pois "lá existem muitos pobres e ninguém jamais fez tanta coisa por eles". Análise precisa ou arroubo produzido por afinidade ideológica? Nem uma coisa, nem outra. A história em movimento não comporta conclusões apressadas. Os avanços são inegáveis, mas ainda temos um bom pedaço de chão pela frente.

Se o que queremos é consolidar a democracia política como valor permanente, como conjunto de relações sociais a ser permanentemente aperfeiçoado até a afirmação plena da cidadania, um enfrentamento, sempre protelado se faz necessário: julgar e processar os violadores dos direitos humanos durante o regime militar.

Como a história é entendida a partir de recortes da memória, os embates travados, em 2008, entre a Advocacia-Geral da União (AGU), que produziu parecer favorável a torturadores, e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que considera o crime de tortura imprescritível, deixam evidente que, ao contrário de países vizinhos, ainda não há no governo brasileiro uma leitura atualizada da Lei da Anistia, sancionada em plena ditadura.

Falta, como destaca Glenda Mezarobba, professora da Unicamp, "uma interpretação sob a ótica dos direitos humanos e do direito internacional que afirma que não há anistia para crimes como a tortura".

Afirmar que o expediente legal dos militares "propicia um clima de reconciliação e paz nacional" é desconhecer seus objetivos de origem: impedir que a sociedade tivesse direito à verdade, com a revelação dos crimes cometidos e suas circunstâncias, e evitar a punição dos responsáveis por atos repressivos e ilegais. Ademais, é sempre bom lembrar que a versão original da Lei 6.883 já foi bem alterada, o que não autoriza ações procrastinadoras ou leituras canhestras tão ao gosto do presidente do STF.

Não punir torturadores é usar o esquecimento como princípio organizador da ação jurídico-política. É tomar o torturado como um corpo sobre o qual se pode agir perpetuamente, já que simbolicamente continua detido. Sob o manto da impunidade dos seus algozes, permanece suspenso em um pau de arara, enevoado pela cortina de uma ideologia autoritária que impossibilita a plenitude democrática. Não lhe é negada apenas a restituição da dignidade, mas a história do seu tempo, aquilo que dá sentido à vida e às lutas nela travadas. É chaga que não fecha. Personifica, perigosamente, o princípio da impunidade para o torturador que, pela sua natureza e magnitude, agravou a consciência ética da humanidade.

A ditadura nasceu e se afirmou como contrarrevolução. Expressou, como definiu Otávio Ianni, a reação de um novo bloco de poder às reivindicações, lutas e conquistas de operários, camponeses e militares de baixa patente. "Em geral, os golpistas estavam combatendo propostas e realizações de movimentos e governos reformistas". Para tanto, o poder estatal alargou sua ação por todos os círculos da vida nacional, anulando o espaço do privado. O terror e a barbárie espalharam-se pelo tecido da sociedade civil até os mais distantes recantos e poros. Esgotado seu ciclo, por não ter sido enfrentado pelo Estado democrático, sobre ele paira como espectro.

Como noticiou o Jornal do Brasil, "no salão nobre do Clube Militar, generais, brigadeiros e almirantes comemoram o aniversário da chamada por eles Revolução Democrática de 31 de março de 1964". O general Gilberto Figueiredo disse que via as manifestações de protesto dos estudantes "como direito de se manifestar e de interpretarem como querem, é o direito à liberdade".

É uma observação incompleta. Como afirmou Herbert Marcuse, "esquecer é também perdoar o que não seria perdoado se a justiça e a liberdade prevalecessem. Esse perdão reproduz as condições que reproduzem injustiça e escravidão: esquecer o sofrimento passado é perdoar as forças que o causaram – sem derrotar essas forças".

Até quando o general festejará as luzes que permanecem acesas nos porões?


* Artigo publicado originalmente no Jornal do Brasil

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.

domingo, 3 de maio de 2009

ELEIÇÕES PARA REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL DE HISTÓRIA


ELEIÇÕES PARA REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL DE HISTÓRIA



Nos dias 4 e 5 de Maio acontecerá as eleições para representantes estudantis no departamento, colegiado e congregação. Esses órgãos administram tanto a faculdade quanto o nosso curso; tendo influência decisiva na vida universitária de cada um dos estudantes, por isso a importância de ocuparmos também esses espaços.


O pouco poder de intervenção dos estudantes nesses órgãos talvez justifique o desinteresse dos estudantes em disputar esses espaços, exemplo disso é o fato de não haver outros candidatos para a eleição. Portanto é preciso instrumentalizar e reoxigenar politicamente a atuação dos nossos representantes.


Nesse sentido nós do grupo Atitude & Resistência sempre fizemos a opção de disputar esse tipo de eleição no formato de chapa - mesmo sendo eleição nominal - com o intuito de responsabilizar e politizar mais o processo de escolha dos representantes. Neste ano, usando o que movimento estudantil de história acumulou nos últimos períodos, propomos um projeto de reestruturação acadêmica para o curso a ser discutido a médio e longo prazo nas gestões de representantes desses órgãos e nas futuras gestões do Centro Acadêmico.


Além da reforma acadêmica, é necessário dar atenção especial ao curso noturno. Esse curso está em processo de consolidação, muitos professores ainda serão concursados e o Colegiado ainda está em construção. Garantir que o curso noturno tenha a mesma qualidade do diurno passa pela nossa intervenção no Departamento, no Colegiado e na Congregação, logo, deve ser prioridade para o movimento estudantil de História daqui para frente.



ATITUDE & RESISTÊNCIA VOTA:



DEPARTAMENTO: Diana (2009n); Manu (2008);¨Tuk¨(2007);
Emily (2006)
COLEGIADO: Juliane (2009d); Rafael Pedral (2007)
CONGREGAÇÃO: Igor Costa (2005)



ATITUDE & RESISTÊNCIA - 7 ANOS CONSTRUINDO A LUTA, FAZENDO A HISTÓRIA!