quarta-feira, 23 de abril de 2008

muitos de nós+ alguns agregados bem vindos

6 Anos do Grupo Atitude e Resistência - Construindo a Luta, Fazendo a História



Em 2008, muita coisa anda fazendo aniversário. A imprensa, com fogos e confete, celebrou os 200 anos da chegada da família Real no Brasil. Bem menos lembrada, há 120 anos atrás, foi declarada a abolição da escravatura.

Nós, aqui no curso, também temos algo a comemorar. Em 22 de abril, completamos 6 anos da criação do grupo “Atitude e Resistência”. E com ele, o aniversário da refundação do Centro Acadêmico Luiza Mahin, que à época, ainda não tinha esse nome.

Este grupo começou a ser construído em 2002. Naqueles tempos, não existia uma gestão organizada do Centro Acadêmico (C.A.), não existia estatuto do curso, e principalmente, toda a cultura política de movimento estudantil aqui havia se perdido. Dessa forma, alguns calouros formaram uma chapa e conquistaram legitimidade para coordenar o C.A., pondo em prática um projeto de reconstrução do movimento estudantil do curso. Processo amadurecido nesses seis anos.

De certo, muita água já rolou debaixo dessa ponte. Participamos ao todo de quatro gestões (a ultima em 2006/2007) e duas Comissões provisórias. Vimos duas greves, várias ocupações de reitoria e movimentos de rua que pararam a cidade. Temos orgulho de dizer, que ontem lutamos pela aprovação das ações afirmativas na UFBA, e hoje lutamos pela permanência dos estudantes e a consolidação desse processo.

Estamos entre aqueles e aquelas que acreditam que a universidade deve ser socialmente referenciada; deve servir muito além dos seus muros, e que é fundamental nos articularmos com os movimentos sociais. Somente a partir daí, poderemos pensar na construção de uma outra hegemonia na sociedade.

Nesse sentido, São Lázaro deu avanços importantes nos últimos anos. A política de Combate às opressões que existe hoje no movimento estudantil da UFBA, sem dúvida, teve no Grupo “Atitude e Resistência” um de seus maiores aliados; enquanto Centro Acadêmico realizamos semanas de Orgulho Glbtt, de Consciência Negra e da Mulher; além de inúmeras intervenções dentro e fora da universidade em defesa destes setores.

Da mesma forma, o curso de História conseguiu várias vitórias em outros territórios. A política de comunicação diminuiu o espaço entre a entidade e os estudantes, graças às edições do nosso jornal Artesanal e do semanal Circuladô. Em 2006, construímos o São Lázaro em Movimento, um estado de mobilização permanente com intuito de lutar por uma melhor estrutura física na faculdade. Na área acadêmica, realizamos a “I Semana de História: reflexões sobre Historiografia, Teoria e Métodos da História”; também organizamos em Salvador o XIX EREH – N/Ne, o maior Encontro Regional de História dos últimos anos. É fato, em toda trajetória existem tropeços. Não fugimos deles, defendemos nossa memória assumindo erros e acertos. Mas resta em nós a certeza dos que lutaram, o orgulho de ter vivido.

Depois de tantas cicatrizes, podemos dizer que somos muito diferentes, todos aqueles que fundaram o grupo já se formaram - escolheram seus novos caminhos; muitos outros entraram, ressignificando dia-a-dia nossas experiências. Nunca esquecemos daquilo que fizemos - a autocrítica é a base que não nos deixa tirar os pés do chão. Mas ainda somos mesmos, goste ou não, lutamos pelas mesmas coisas, defendemos as mesmas lutas, não abdicaremos, um só instante, de incomodar quando tudo parece calmo, de desconfiar daquilo que é mais trivial. Bem, desejamos um grande abraço aos que fizeram a nossa História, aos que não desistiram. E para tod@s que ainda estão por vir, sejam bem vind@s, há ainda muito por fazer.

Atitude e Resistência é: Itororó, Lorenzo, Paulo Roberto, Rafael Pedral e Tuk (2007); Emily (2006); Andréa, Caio, Carol, Dudu, Ediana, Elisa, Igor Costa, Ipirá, Kleydiane, Michael e Rafael Lins (2005); Igor Almeida e Obede (2004); Gabriel e Leonardo (2003); Júlio e Vítor (2002); Alex, Aline, Daniel, Denise, Flávia, Jan, Lacerda, Milena, Pedro e Wesley (2001).

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Sobre Pedras e Vidraças



Balanço da Eleição para Representantes Estudantis de História

Nos dias 9 e 10 de abril foram realizadas eleições para a Representação Estudantil de História dos Órgãos Colegiados. São eles: Departamento, Colegiado e Congregação. Nós do “Atitude e Resistência”, grupo formado há quase seis anos, sempre construímos a Representação Estudantil (independente de dirigir o Centro Acadêmico) e foi o que fizemos novamente este ano. No entanto, algumas situações diferenciadas ocorridas tornaram imprescindível a divulgação dessa nota pública.

No processo de eleição, assistimos a um festival de erros cometidos pela Comissão Eleitoral escolhida pela Coordenação Executiva do Centro Acadêmico. Essa comissão, não lançou o edital de abertura do processo eleitoral na lista de e-mails do curso, nem nos murais da faculdade ou em passagens em sala; sem qualquer diálogo, adiou a data limite tirada em assembléia para a inscrição d@s cantidat@s; e, como se não bastasse, resumiu a divulgação do processo a um cartaz onde sequer consta a especificação de que as eleições em andamento são para @s estudantes de História, e não para qualquer outro curso. Por último, o debate que aconteceria nessa terça-feira (08/04), acabou não sendo realizado, justamente por falta de divulgação (a Comissão Eleitoral se restringiu a uma passagem em sala relâmpago na véspera do debate e a um informe na lista às 17 horas do mesmo dia); uma perda para tod@s que prezam pela discussão política qualificada. Para nós, não restam dúvidas de que o debate não aconteceu porque a atual gestão do Centro Acadêmico fez a consciente opção pela desmobilização.

No entanto, esses fatos acima descritos ainda não são o que de mais grave aconteceu no processo eleitoral. No seu material de campanha, o grupo que hoje dirige o C.A., divulgou quais os nomes que supostamente o CAHIS apoiara, sem que isso tenha sido aprovado em qualquer instância deliberativa, ou ao menos ter refletido se é papel de uma entidade de base apoiar ou preterir um/uma estudante, seja quem ele/ela for. Acontece que nossos colegas não entenderam uma questão fundamental para qualquer militante do movimento social: a diferença entre grupo e entidade. Enquanto estudante ou grupo político, qualquer um pode manifestar sua opinião acerca de qualquer coisa (o grupo Voz Ativa pode apoiar quem quiser); no entanto, uma entidade tem o dever de representar
tod@s @s estudantes e jamais ter preferências.

Embora respeitemos aqueles e aquelas que escolheram este grupo para dirigir o C.A. e de mantermos a postura de construir, disputar e em hipótese alguma deslegitimar a nossa entidade, é nosso papel reinvidicar nossos direitos e denunciar qualquer abuso.
Em verdade companheir@s, é muito mais fácil ser pedra do que vidraça. Aqueles que sempre se reinvidicaram democráticos e donos da ética, que denunciam em belos gritos de guerra a burocracia e o aparelhamento das entidades, basta tomarem um espaço, mesmo que pequeno, para reproduzirem as mesmas práticas que tanto questionam.

Grupo “Atitude e Resistência”

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Eleição de Representantes Estudantis



Lugar de estudante é...?

Vivemos o momento de refletir qual o papel do estudante dentro da
universidade. Cada espaço da instituição nos diz respeito; por vezes
não diretamente. A oportunidade de nos fazer representar também no
espaço institucional da faculdade deve ser visto com a oportunidade
de podermos disputar a sua transformação.

Mas o que é essa representação estudantil nos órgãos colegiados?

O Colegiado é o fórum que reúne representantes de professores de acordo com a sua área de estudo e mais três representantes estudantis, são discutidas questões fundamentais para os discentes, como jubilamento, quebra de pré-requisito e matrícula. É uma garantia de podermos intervir na relação mais institucional do estudante com a Universidade. É onde podemos propor a criação de novas matérias de acordo com nossas demandas. No Departamento, espaço que reúne todos os professores de História e quatro estudantes, são abordados temas relativos diretamente ao corpo docente como: afastamentos para pesquisa ou pós-doutorado, novos concursos, progressão de carreira e outros. A proposta de reestruturação da universidade apresentada no último ano foi pauta das reuniões de Departamento. Podemos nesse espaço garantir que seja construída uma avaliação docente no nosso curso para a melhoria do seu aproveitamento. Outra instância é a Congregação; assim como cada unidade de ensino da universidade; a reunião da Congregação de FFCH é a maior instância deliberativa da faculdade. Nesse espaço se reúnem a direção da faculdade, representantes dos colegiados, departamentos, programas de pós- graduação, funcionários e estudantes, discutindo temas que envolvem a faculdade como plano de gestão, estatuto e finanças. As discussões mais acirradas sobre o programa de reestruturação da universidade ocorrida no último semestre foram tema da Congregação. A representação estudantil de história atuou em intenso combate à falta de democracia instalada na universidade no episódio da ocupação da reitoria (exigindo a revogação do Conselho Universitário fraudado que aprovou o Plano de Reestruturação da Ufba no dia 19/10), à forma irresponsável com que a Reitoria tratou e tem tratado a discussão dessa reestruturação, na defesa da luta política travada pela comunidade estudantil no último período e pela garantia de que nossa faculdade amplie seus espaços de discussão, transformando em ocasião a reunião da Congregação, por exigência nossa, em um espaço aberto à comunidade de FFCH.

O grupo "Atitude e Resistência" sempre participou das eleições para representantes estudantis; desde 2002, construímos uma sólida intervenção na defesa da universidade, defendendo questões como assistência estudantil e reforma curricular. A representação estudantil deve atuar na defesa de nossa faculdade não só como espaço de produção intelectual, mas como espaço de construção política que contribua para melhoria da nossa universidade. É fundamental percebermos que toda a discussão colocada no último período gira em torno de que universidade nós queremos. O espaço institucional deve ser ocupado também por nós estudantes para garantir que integremos as nossas pautas na construção de nossa universidade.

Debate dos candidatos à Congregação – 8 de Abril, às 11 horas, na Sala 08 da FFCH

Eleições para Representação Estudantil nos Órgãos Colegiados – Dias 9 e 10 de Abril

ATITUDE E RESISTÊNCIA VOTA:

Congregação: Dudu (2005); Departamento: Fernanda (2007),
Rodrigo "Itororó" (2007) e Emily (2006); Colegiado: Rafael Pedral
(2007) e Andréa (2005).