segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Viva a Revolta dos Malês!


"Sou filho natural de negra africana, livre, da nação nagô, de nome Luísa Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Minha mãe era baixa, magra, bonita, a cor de um preto retinto sem lustro, os dentes eram alvíssimos, como a neve. Altiva, generosa, sofrida e vingativa. Era quitandeira e laboriosa." Luís Gama

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ainda mais abusiva!


O ano de 2009 chegou trazendo novidades para a população de Salvador. No primeiro dia deste novo ano que se inicia a população foi surpreendida com o aumento da passagem do "Buzú" de 2,00R$ para 2,20R$, se já era abusivo agora então nem se fala.

A medida foi tomada nesta data antes alguém inventasse de criar uma comissão para discutir o transporte na câmara de vereadores e para evitar mobilizações e ações de rua contra as tarifas já que os estudantes que historicamente tem ido às ruas questionarem os aumentos das tarifas estão de férias.

O transporte coletivo na cidade de Salvador é precário, com seus ônibus em péssimo estado, lotados, para se chegar aos bairros mais populosos de Salvador é regra ser obrigado a utilizar dois buzús (pagar duas vezes) até porque a "integração" que foi implementada é extremamente complicada e ineficiente, a política de cobrança da meia passagem é pré-paga (SalvadorCard) o que dificulta muito a vida da maioria da população que precisa sempre que acabam os créditos se dirigir aos raros postos de recarga (são apenas três) e por ultimo o horário de abertura e fechamento destes postos que em nada condiz com a realidade dos setores que se utilizam do transporte público.

Milhares de equívocos compõem o panorama do transporte na Capital, todo mês quando os créditos acabam milhares de jovens ou andam quilômetros ou deixam de ir para suas escolas. A política de transporte de Salvador e a evasão nas escolas públicas andam de mãos dadas.

A composição da tarifa é um verdadeiro mistério, pagamos e nem sequer sabemos o que estamos pagando. Será que alguém, fora os que vêem o dinheiro entrando todo mês em suas contas, sabe quanto é à margem de lucro das empresas do setor?

Por trás dessa situação caótica esta o sindicato PATRONAL das empresas de ônibus (SETPS), eles tem o controle absoluto do transporte coletivo de Salvador com as graças do atual prefeito João Henrique (PMDB) e com o silêncio da grande imprensa baiana (que até agora não se ocupou do assunto).

Temos o direito a Cidade, o direito de ir e vir, o direito de trabalhar, estudar e se divertir, afinal de contas esta cidade não é apenas "cidade pra turista vê" vivemos nela e sobre ela temos Direitos, por isso precisamos questionar e mobilizar todos contra o aumento da tarifa de ônibus e se o prefeito e o empresariado acham que nos vamos ser vencidos pelas férias estão enganados!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

MST, 25 anos de teimosia!


Em janeiro de 1984, havia uma processo de reascenso do movimento de massas no Brasil. A classe trabalhadora se reorganizava e acumulava forças orgânicas. Os partidos clandestinos já estavam na rua, como o PCB, PCdoB, etc. Tínhamos conquistado uma anistia parcial, mas a maioria dos exilados tinham voltado. Já havia se formado o PT, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Conclat (Coordenação Nacional da Classe Trabalhadora).

Amplos setores das igrejas cristãs ampliavam seu trabalho de formiguinha, formando consciência e núcleos de base em defesa dos pobres, inspirados pela Teologia da Libertação. Havia um entusiasmo em todo lugar, porque a ditadura estava sendo derrotada e, a classe trabalhadora brasileira, na ofensiva, lutando e se organizando.

Os camponeses no meio rural viviam o mesmo clima e a mesma ofensiva. Entre 1979 e 1984, se realizaram dezenas de ocupações de terra em todo o país. Os posseiros, os sem terra e os assalariados rurais perderam o medo - e foram à luta. Não queriam mais migrar para a cidade como bois marcham para o matadouro (na expressão de nosso saudoso poeta uruguaio Zitarroza).

Fruto de tudo isso, nos reunimos em Cascavel, em janeiro de 1984, estimulados pelo trabalho pastoral da CPT, lideranças de lutas pela terra de 16 estados brasileiros. E lá, depois de cinco dias de debates, discussões, reflexões coletivas, fundamos o MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Os nossos objetivos eram claros: organizar um movimento de massas a nível nacional, que pudesse conscientizar os camponeses para lutarem por terra, por reforma agrária (mudanças mais amplas na agricultura) e por uma sociedade mais justa e igualitária. Queríamos, enfim, combater a pobreza e a desigualdade social. A causa principal dessa situação no campo era a concentração da propriedade da terra, apelidada de latifúndio.

Não tínhamos a menor idéia se isso era possível. E nem quanto tempo levaríamos na busca de nossos objetivos. Passaram-se 25 anos, muito tempo. Foram anos de muitas mobilizações, muitas lutas e de uma teimosia constante, de sempre lutarmos e nos mobilizarmos contra o latifúndio. Pagamos caro por essa teimosia. Durante o governo Collor fomos duramente reprimidos, com a instalação inclusive de um departamento especializado na Policia Federal para o combate aos sem-terra.

Depois, com a vitória do neoliberalismo do governo FHC, foi o sinal verde para os latifundiários e suas polícias estaduais atacarem o movimento. Tivemos em pouco tempo dois massacres: Corumbiara e Carajás. Ao longo desses anos, centenas de trabalhadores rurais pagaram com sua própria vida o sonho da terra livre.

Mas seguimos a luta. Brecamos o neoliberalismo elegendo o governo Lula. Tínhamos esperança de que a vitória eleitoral pudesse desencadear um novo reascenso do movimento de massas, e com isso a reforma agrária tivesse mais força de ser implementada. Não houve reforma agrária durante o governo Lula. Ao contrário, as forças do capital internacional e financeiro, através de suas empresas transnacionais, ampliaram seu controle sobre a agricultura brasileira.

Hoje a maior parte de nossas riquezas, produção e distribuição de mercadorias agrícolas está sob controle das empresas transnacionais. Elas se aliaram com os fazendeiros capitalistas e produziram o modelo de exploração do agronegócio. Muitos de seus porta-vozes se apressaram a prenunciar nas colunas de jornalões burgueses que o MST se acabaria. Lêdo engano.

A hegemonia do capital financeiro e das transnacionais sobre a agricultura não conseguiu, felizmente, acabar com o MST. Por um único motivo: o agronegócio não representa solução para os problemas dos milhões de pobres que vivem no meio rural. E o MST é a expressão da vontade de libertação desses pobres.

A luta pela reforma agrária, que antes se baseava apenas na ocupação de terras do latifúndio, agora ficou mais complexa. Temos que lutar contra o capital, contra a dominação das empresas transnacionais. A reforma agrária deixou de ser aquela medida clássica: desapropriar grandes latifúndios e distribuir lotes para os pobres camponeses.

Agora, as mudanças no campo para combater a pobreza, a desigualdade e a concentração de riquezas depende de mudança não só da propriedade da terra, mas também do modelo de produção. Se agora os inimigos são também as empresas internacionalizadas, que dominam os mercados mundiais, significa também que os camponeses dependerão cada vez mais das alianças com os trabalhadores da cidade para poder avançar nas suas conquistas.

Felizmente, o MST adquiriu experiência nesses 25 anos: sabedoria necessária para desenvolver novos métodos e novas formas de luta de massa, que possam resolver os problemas do povo.

* João Pedro Stedile é integrante da coordenação nacional do MST.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

50 años de la Revolucion Cubana



Viva 50 anos de Resitência!
Viva CUBA LIVRE!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

domingo, 4 de janeiro de 2009

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Palestina Pátria livre!


O papel político que o Estado de Israel tem desempenhado no chamado "Oriente Médio", já é conhecida por todos; são defensores dos interesses estadunidenses e europeus na região. A violência nos métodos israelenses também são conhecidos, a “limpeza étnica” que custou tantas vidas ao povo judeu, virou política do Estado Judeu; o holocausto revisitado.
Nesta disputa eleitoral entre a direita e a extrema direita judaica, estão o bloqueio e os conflitos em Gaza, os muros que evidenciam o aparthaid além dos, já famosos, massacre de palestinos. As ações recentes justificadas pelo “terrorismo”, na verdade é a cassação dos direitos democráticos dos palestinos, já que o Hamás conseguiu uma expressiva votação nas ultimas eleições palestinas. É a opção por ignorar autodeterminação do povo palestino.
Quando o Ocidente apóia o boicote e o sítio de Gaza, para atacar o Hamás com medo do seu fundamentalismo, declara os palestinos 'não aptos' para exercer a democracia. Todas as ditaduras mundo a fora, até hoje, fizeram a mesma 'avaliação'.
Diante do fracasso da “autoridade palestina”, da transformação do Fatah em um partido subserviente em relação à comunidade européia e diante dos fracassos dos acordos de Oslo que jogaram os palestinos em guetos impondo condições desumanas para a população palestina, o Hamás goza de popularidade porque promoveu mudanças sociais inédiatas, construindo clínicas, escolas, hospitais e oferecendo programas de assistência social para os setores mais pobres. As lideranças e quadros dirigentes do Hamas vivem como vivem todos os pobres na Palestina.
Deram demonstrações que não são iguais aos desesperados “homens bombas” de outros grupos, construindo um “cessar-fogo” em julho de 2003 que durou todo o verão, resistindo até mesmo às provocações e as mortes geradas pelo exercito de Israel.
As assimetrias entre as ações de Israel e as reações palestinas são gigantescas. Os ataques israelenses aos palestinos é imoral, irracional e ilegal.
A forma como Israel tem agido em relação aos palestinos e ao Líbano somado ao apoio bélico dos EUA, tem gerado tensionamentos dentro da própria comunidade árabe, em breve poderemos assistir mudanças importantes dentro das próprias ditaduras árabes consideradas “moderadas” ou “aliadas” que ajudam a manter a hegemonia Yankee na região, ampliando o processo de anti-estadunidense e anti-israelita, em síntese o apoio dos Estados Unidos a Israel vai custar caro para os estadunidenses. Independente de outras coisas isso significa mais violência na região.
A cada novo conflito fica evidente que a tentativa de se construir dois Estados, um judeu e um árabe, esta cada vez mais distante, para muitos o projeto sionista já fracassou, evidencias desse processo estão nas manifestações contrarias as políticas de Israel e o apoio internacional a chamada “questão palestina”. Se confirmado esta hipótese em breve os judeus se deparam com a mesma questão que se deparam as potencias neocoloniais que utilizaram a violência escancarada; sair da palestina.
Se as práticas do Estado de Israel não mudarem, ficara cada vez mais difícil a construção do projeto sionista, mas também em grande medida impossibilitará outras alternativas pacificas, já que os palestinos estão sendo empurrados para ações extremadas.
Fica sempre a esperança de que o próprio terror possa fazer brotar uma oportunidade de unificar esses dois povos sobre um único Estado; na “Palestina Histórica”, e acabar com essa guerra colonialista.
Palestina Pátria livre!