sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Palestina Pátria livre!


O papel político que o Estado de Israel tem desempenhado no chamado "Oriente Médio", já é conhecida por todos; são defensores dos interesses estadunidenses e europeus na região. A violência nos métodos israelenses também são conhecidos, a “limpeza étnica” que custou tantas vidas ao povo judeu, virou política do Estado Judeu; o holocausto revisitado.
Nesta disputa eleitoral entre a direita e a extrema direita judaica, estão o bloqueio e os conflitos em Gaza, os muros que evidenciam o aparthaid além dos, já famosos, massacre de palestinos. As ações recentes justificadas pelo “terrorismo”, na verdade é a cassação dos direitos democráticos dos palestinos, já que o Hamás conseguiu uma expressiva votação nas ultimas eleições palestinas. É a opção por ignorar autodeterminação do povo palestino.
Quando o Ocidente apóia o boicote e o sítio de Gaza, para atacar o Hamás com medo do seu fundamentalismo, declara os palestinos 'não aptos' para exercer a democracia. Todas as ditaduras mundo a fora, até hoje, fizeram a mesma 'avaliação'.
Diante do fracasso da “autoridade palestina”, da transformação do Fatah em um partido subserviente em relação à comunidade européia e diante dos fracassos dos acordos de Oslo que jogaram os palestinos em guetos impondo condições desumanas para a população palestina, o Hamás goza de popularidade porque promoveu mudanças sociais inédiatas, construindo clínicas, escolas, hospitais e oferecendo programas de assistência social para os setores mais pobres. As lideranças e quadros dirigentes do Hamas vivem como vivem todos os pobres na Palestina.
Deram demonstrações que não são iguais aos desesperados “homens bombas” de outros grupos, construindo um “cessar-fogo” em julho de 2003 que durou todo o verão, resistindo até mesmo às provocações e as mortes geradas pelo exercito de Israel.
As assimetrias entre as ações de Israel e as reações palestinas são gigantescas. Os ataques israelenses aos palestinos é imoral, irracional e ilegal.
A forma como Israel tem agido em relação aos palestinos e ao Líbano somado ao apoio bélico dos EUA, tem gerado tensionamentos dentro da própria comunidade árabe, em breve poderemos assistir mudanças importantes dentro das próprias ditaduras árabes consideradas “moderadas” ou “aliadas” que ajudam a manter a hegemonia Yankee na região, ampliando o processo de anti-estadunidense e anti-israelita, em síntese o apoio dos Estados Unidos a Israel vai custar caro para os estadunidenses. Independente de outras coisas isso significa mais violência na região.
A cada novo conflito fica evidente que a tentativa de se construir dois Estados, um judeu e um árabe, esta cada vez mais distante, para muitos o projeto sionista já fracassou, evidencias desse processo estão nas manifestações contrarias as políticas de Israel e o apoio internacional a chamada “questão palestina”. Se confirmado esta hipótese em breve os judeus se deparam com a mesma questão que se deparam as potencias neocoloniais que utilizaram a violência escancarada; sair da palestina.
Se as práticas do Estado de Israel não mudarem, ficara cada vez mais difícil a construção do projeto sionista, mas também em grande medida impossibilitará outras alternativas pacificas, já que os palestinos estão sendo empurrados para ações extremadas.
Fica sempre a esperança de que o próprio terror possa fazer brotar uma oportunidade de unificar esses dois povos sobre um único Estado; na “Palestina Histórica”, e acabar com essa guerra colonialista.
Palestina Pátria livre!

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