quarta-feira, 16 de abril de 2008

Sobre Pedras e Vidraças



Balanço da Eleição para Representantes Estudantis de História

Nos dias 9 e 10 de abril foram realizadas eleições para a Representação Estudantil de História dos Órgãos Colegiados. São eles: Departamento, Colegiado e Congregação. Nós do “Atitude e Resistência”, grupo formado há quase seis anos, sempre construímos a Representação Estudantil (independente de dirigir o Centro Acadêmico) e foi o que fizemos novamente este ano. No entanto, algumas situações diferenciadas ocorridas tornaram imprescindível a divulgação dessa nota pública.

No processo de eleição, assistimos a um festival de erros cometidos pela Comissão Eleitoral escolhida pela Coordenação Executiva do Centro Acadêmico. Essa comissão, não lançou o edital de abertura do processo eleitoral na lista de e-mails do curso, nem nos murais da faculdade ou em passagens em sala; sem qualquer diálogo, adiou a data limite tirada em assembléia para a inscrição d@s cantidat@s; e, como se não bastasse, resumiu a divulgação do processo a um cartaz onde sequer consta a especificação de que as eleições em andamento são para @s estudantes de História, e não para qualquer outro curso. Por último, o debate que aconteceria nessa terça-feira (08/04), acabou não sendo realizado, justamente por falta de divulgação (a Comissão Eleitoral se restringiu a uma passagem em sala relâmpago na véspera do debate e a um informe na lista às 17 horas do mesmo dia); uma perda para tod@s que prezam pela discussão política qualificada. Para nós, não restam dúvidas de que o debate não aconteceu porque a atual gestão do Centro Acadêmico fez a consciente opção pela desmobilização.

No entanto, esses fatos acima descritos ainda não são o que de mais grave aconteceu no processo eleitoral. No seu material de campanha, o grupo que hoje dirige o C.A., divulgou quais os nomes que supostamente o CAHIS apoiara, sem que isso tenha sido aprovado em qualquer instância deliberativa, ou ao menos ter refletido se é papel de uma entidade de base apoiar ou preterir um/uma estudante, seja quem ele/ela for. Acontece que nossos colegas não entenderam uma questão fundamental para qualquer militante do movimento social: a diferença entre grupo e entidade. Enquanto estudante ou grupo político, qualquer um pode manifestar sua opinião acerca de qualquer coisa (o grupo Voz Ativa pode apoiar quem quiser); no entanto, uma entidade tem o dever de representar
tod@s @s estudantes e jamais ter preferências.

Embora respeitemos aqueles e aquelas que escolheram este grupo para dirigir o C.A. e de mantermos a postura de construir, disputar e em hipótese alguma deslegitimar a nossa entidade, é nosso papel reinvidicar nossos direitos e denunciar qualquer abuso.
Em verdade companheir@s, é muito mais fácil ser pedra do que vidraça. Aqueles que sempre se reinvidicaram democráticos e donos da ética, que denunciam em belos gritos de guerra a burocracia e o aparelhamento das entidades, basta tomarem um espaço, mesmo que pequeno, para reproduzirem as mesmas práticas que tanto questionam.

Grupo “Atitude e Resistência”

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