De 15 a 19 de julho, a União Nacional dos Estudantes realizará seu 51º Congresso na cidade de Brasília. Em todas as universidades do Brasil, milhares de estudantes se organizam para a tiragem de delegados/as que irão representar cada uma dessas instituições. Na Ufba não foi diferente, e com um total de 2655 votantes, elege os seus 26 delegados/as.
Este CONUNE deve ser encarado como um espaço importante para discutir os rumos da educação brasileira em tempos de expansão e reestruturação das Universidades, crise do capitalismo, e às vésperas de um ano eleitoral decisivo para a vida dos/das trabalhadores/as. Portanto, a UNE pode e deve exercer o papel de articular nacionalmente as lutas estudantis e ser protagonista nas lutas sociais no próximo período.
A UNE tem mais de 70 anos de história de lutas, como na campanha do “Petróleo é Nosso”, na construção dos projetos de reformas de base do governo João Goulart, nas Diretas Já, no Fora Collor. Infelizmente, o grupo que está à frente da nossa entidade há mais de quinze anos, a União da Juventude Socialista (UJS) e aliados, fez a opção de dirigir a entidade de forma cada vez mais institucionalizada, conciliatória, defensiva, antidemocrática e afastada da sua base. Isso num cenário de avanço das políticas neoliberais nos anos 90 e o conseqüente descenso das lutas sociais como um todo, faz com que a UNE seja cada vez menos reconhecida como entidade representativa por sua base social, os estudantes.
Frente a esta situação, em 2004, um setor minoritário do movimento estudantil, encabeçado pela Juventude do PSTU, faz a opção de romper com a UNE e propor a criação de uma nova entidade. Em sua primeira tentativa, cria a Coordenação Nacional de Lutas Estudantis (CONLUTE), com sua baixa adesão, transforma a tentativa de entidade em agrupamento político que iria construir a Frente de Lutas Contra a Reforma Universitária, outra frente de atuação por fora da UNE que também falha. Com a falência das duas experiências, resolvem construir um Congresso Nacional de Estudantes (CNE), também com o objetivo de dali se criar uma nova entidade nacional em alternativa à UNE.
Há inúmeros motivos para as articulações nacionais por fora da UNE terem dado errado: seu sectarismo, a forma maniqueísta de se tratar a questão, a partidarização do problema, a ilusória avaliação de que a base dos estudantes clamavam por uma nova direção.
Porém, diante disso, a Juventude do PSTU junto com outros setores optam por construir o CNE de forma ainda mais despolitizada. Ao convocar um congresso de estudantes sem proclamar o rompimento com a UNE tentam claramente atrair setores que ainda disputam a entidade. Colocam as ocupações de reitorias de 2007 como paradigmas para a construção de um congresso para articular essas lutas, sem considerar a existência e o papel da UNE como entidade de frente única que teria o papel de fazê-lo. Ainda que a própria UNE não se faça existir nos momentos mais importantes de luta dos/as estudantes, não fazer o debate real sobre seus problemas é não fazer o debate real da crise do movimento estudantil.
Ainda que todas as teses inscritas no CNE apontem para a suposta “falência” da UNE e a necessidade do rompimento com esta, esse debate sequer é feito na base dos estudantes nas suas tiragens de delegados, colocando o CNE como produto “natural” das mobilizações dos últimos anos.
Qualquer entidade, ou outro tipo de espaço de articulação nacional feita nesses moldes, sem fazer o debate real da crise do movimento estudantil na base, sem maniqueísmos ou ilusões, está fadada ao fracasso.
Este CONUNE deve ser encarado como um espaço importante para discutir os rumos da educação brasileira em tempos de expansão e reestruturação das Universidades, crise do capitalismo, e às vésperas de um ano eleitoral decisivo para a vida dos/das trabalhadores/as. Portanto, a UNE pode e deve exercer o papel de articular nacionalmente as lutas estudantis e ser protagonista nas lutas sociais no próximo período.
A UNE tem mais de 70 anos de história de lutas, como na campanha do “Petróleo é Nosso”, na construção dos projetos de reformas de base do governo João Goulart, nas Diretas Já, no Fora Collor. Infelizmente, o grupo que está à frente da nossa entidade há mais de quinze anos, a União da Juventude Socialista (UJS) e aliados, fez a opção de dirigir a entidade de forma cada vez mais institucionalizada, conciliatória, defensiva, antidemocrática e afastada da sua base. Isso num cenário de avanço das políticas neoliberais nos anos 90 e o conseqüente descenso das lutas sociais como um todo, faz com que a UNE seja cada vez menos reconhecida como entidade representativa por sua base social, os estudantes.
Frente a esta situação, em 2004, um setor minoritário do movimento estudantil, encabeçado pela Juventude do PSTU, faz a opção de romper com a UNE e propor a criação de uma nova entidade. Em sua primeira tentativa, cria a Coordenação Nacional de Lutas Estudantis (CONLUTE), com sua baixa adesão, transforma a tentativa de entidade em agrupamento político que iria construir a Frente de Lutas Contra a Reforma Universitária, outra frente de atuação por fora da UNE que também falha. Com a falência das duas experiências, resolvem construir um Congresso Nacional de Estudantes (CNE), também com o objetivo de dali se criar uma nova entidade nacional em alternativa à UNE.
Há inúmeros motivos para as articulações nacionais por fora da UNE terem dado errado: seu sectarismo, a forma maniqueísta de se tratar a questão, a partidarização do problema, a ilusória avaliação de que a base dos estudantes clamavam por uma nova direção.
Porém, diante disso, a Juventude do PSTU junto com outros setores optam por construir o CNE de forma ainda mais despolitizada. Ao convocar um congresso de estudantes sem proclamar o rompimento com a UNE tentam claramente atrair setores que ainda disputam a entidade. Colocam as ocupações de reitorias de 2007 como paradigmas para a construção de um congresso para articular essas lutas, sem considerar a existência e o papel da UNE como entidade de frente única que teria o papel de fazê-lo. Ainda que a própria UNE não se faça existir nos momentos mais importantes de luta dos/as estudantes, não fazer o debate real sobre seus problemas é não fazer o debate real da crise do movimento estudantil.
Ainda que todas as teses inscritas no CNE apontem para a suposta “falência” da UNE e a necessidade do rompimento com esta, esse debate sequer é feito na base dos estudantes nas suas tiragens de delegados, colocando o CNE como produto “natural” das mobilizações dos últimos anos.
Qualquer entidade, ou outro tipo de espaço de articulação nacional feita nesses moldes, sem fazer o debate real da crise do movimento estudantil na base, sem maniqueísmos ou ilusões, está fadada ao fracasso.
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