terça-feira, 10 de novembro de 2009

Eleições CAHis 2009- Atitude & Resistência - Chapa 1!!


Eis que começa mais uma eleição para o Centro Acadêmico de História Luiza Mahin, como não poderia deixar de ser, o grupo “Atitude e Resistência” se apresenta para este importante debate de idéias do nosso curso.

O “Atitude e Resistência” nasceu em 2002, fruto do esforço coletivo de vários calouros que decidiram reorganizar o Centro Acadêmico que não existia mais. Esse grupo foi responsável pela elaboração do estatuto do C.A., a recepção e realização da Semana de Calouras/os, a organização das primeiras delegações dos estudantes da UFBA para os encontros nacionais e regionais de História (ENEH’s e EREH’s).

A partir de então toda uma cultura de debate – e disputa – política se iniciaram no curso de História. Fizemos parte da Coordenação da FEMEH (Federação do Movimento Estudantil de História), organizamos o EREH 2007 em Salvador; demos início ao debate contra o machismo, o racismo e a homofobia, dentro e fora da Universidade e temos orgulho de termos participado do processo de aprovação do Programa de Ações Afirmativas da UFBA.

Também criamos vínculos de comunicação entre os estudantes, como o grupo de e-mails do curso; o jornal Artesanal, onde as discussões atuais e a opinião dos estudantes eram veiculadas; e o Circuladô, o nosso informativo semanal. Contemplamos o debate acadêmico, através da Semana de História e da construção do projeto da Revista de História, importante espaço de publicação da produção acadêmica discente e que vêm conquistando reconhecimento no decorrer das suas edições.

O Centro Acadêmico é antes de tudo um espaço político. O C.A., além de representar os estudantes, é onde estes discutem e se organizam politicamente. Sendo a representação de um dos vários setores organizados da universidade, o C.A. deve apresentar política a respeito de qual universidade nós queremos.


E isso não significa fazer assembléias a cada problema que surgir. O C.A. não pode ser apenas reativo, sendo pautado pelo governo, reitoria, etc. ele deve ser propositivo e para isso deve ter opinião formada.

Nesse sentido, é função do C.A. promover espaços de formulação e formação política para a entidade e para os estudantes. Para isso é fundamental que a gestão do CA tenha opinião, tenha cara, tenha identidade para dizer como estas discussões serão pautadas.

A Universidade que nós defendemos é aquela que dá acesso aos estudantes negros e cotistas, e é também a que garante a permanência destes estudantes. Para nós a Universidade deve ser um espaço onde as estruturas machistas não são reproduzidas, onde nós podemos andar livremente sem corrermos o risco de sofrer qualquer tipo de violência, seja ela moral, física ou sexual. A nossa Universidade deve ser um ambiente onde as lésbicas, gays e bissexuais podem expressar sua afetividade livremente, e que seja freqüentada por travestis e transexuais. Onde todos estes setores fazem parte do nosso currículo, da nossa produção acadêmica e dos nossos espaços de direção.

Estamos entre aqueles e aquelas que acreditam que a universidade deve ser socialmente referenciada; deve servir muito além dos seus muros, e que é fundamental nos articularmos com os movimentos sociais. Somente a partir daí, poderemos pensar na construção de uma outra hegemonia na sociedade.

Todas/os nós temos uma trajetória, a nossa foi marcada por muita luta e por várias transformações. Em 2005 passamos por uma primeira renovação, que deu ao grupo a face que tem hoje. Em 2009 é hora, mais uma vez, de renovar. A nossa chapa é a única composta por alunos de todas as turmas do curso desde 2005 até 2009. Somos também a única chapa que conta com estudantes da pós-graduação e do curso noturno. As mulheres são maioria na nossa chapa.

Isso é reflexo da nossa política diária de presença em todos os espaços do curso e principalmente de coerência com aquilo que defendemos. Para nós, não basta defender a ampliação de vagas na Universidade e a criação de cursos noturnos, é preciso estar ao lado desses estudantes, das suas dificuldades diárias e das suas bandeiras de luta. Essa prática não deve depender da presença nas entidades estudantis, nem tampouco ocorrer apenas no período eleitoral.

Esse ano nós do “Atitude e Resistência” chegamos às eleições do CAHis com energia renovada, certos de que já contribuímos muito para a nossa entidade, de que aprendemos com os nossos erros e acertos, e que estamos prontos para construir muito mais.


Bem vindas/os ao debate!

Nenhum comentário: